Marty Balin levou um prêmio Grammy em reconhecimento à sua carreira | Foto: Jason Merritt / AFP / CP
O músico americano Marty Balin, fundador e vocalista do famoso grupo de rock psicodélico Jefferson Airplane, morreu aos 76 anos, segundo confirmou na sexta-feira sua família, através de um comunicado. Balin, guitarrista e vencedor de um prêmio Grammy em reconhecimento à sua carreira, faleceu na quinta-feira de causas que não foram divulgadas e ao lado de sua esposa, Susan Joy Balin, de acordo a nota.
“Marty e eu compartilhamos o amor mais profundo. Muitas vezes o chamamos de Nirvana, e assim foi. Mas na realidade, todos fomos tocados por seu amor. Sua presença estará em todo o meu ser para sempre”, afirmou a esposa no comunicado.
Nascido no dia 30 de janeiro de 1942, em Cincinnati (Ohio), sob o nome de Martyn Jerel Buchwald, o músico fundou e foi parte fundamental do Jefferson Airplane, uma das bandas mais emblemáticas do psicodelismo da década de 1960. Formado em 1965, dois anos depois o grupo obteve o reconhecimento nos Estados Unidos após o lançamento de seu segundo disco, “Surrealistic Pillow” (1967), e de canções como “White Rabbit” e “Somebody To Love”, esta um hino da efervescente cena de San Francisco, berço do movimento “hippie”.
Balin se encarregou de recrutar os outros membros da banda, os guitarristas Paul Kantner e Jorma Kaukonen, a cantora Signe Toly (substituída depois por Grace Slick), o baixista Bob Harvey e o baterista Jerry Peloquin. A banda viveu mudanças constantes em sua formação e em 1974 Kantner reorganizou o Jefferson Airplane ao lado de Slick, sob o nome Jefferson Starship.
Depois de assinar alguns dos sucessos do grupo, e participar de festivos emblemáticos da época como Woodstock, Monterey e Altamont, Balin deixou a banda em 1978 e iniciou uma carreira solo em 1981. O guitarrista fez parte do encontro e da turnê do Jefferson Airplane, em 1989, em outra que ocorreu quatro anos depois, para finalmente sair do grupo em 2008. Em 2016, o músico passou por uma cirurgia no coração no hospital Mount Sinai Beth Israel, em Nova York, e pouco depois entrou com uma ação judicial contra o centro médico onde alegou que uma falha no procedimento cirúrgico arruinou sua carreira.
*Correiodopovo