Faz pouco ou nenhum sentido Armandinho lançar um álbum ao vivo intitulado Acústico. Afinal, o som deste cantor e compositor gaúcho sempre foi acústico pela própria natureza.
Seja como for, o álbum Armandinho acústico desembarca nas plataformas de músicas na próxima segunda-feira, 5 de agosto, com a gravação do show captado em 2017 no Teatro Bourbon, em Porto Alegre (RS), cidade natal deste artista que transita entre o reggae, o folk, a MPB e o rock de cepa pop.
É a primeira gravação ao vivo do cantor na cidade em que veio ao mundo em janeiro de 1970. No roteiro inteiramente autoral desse show, Armandinho refaz Desenho de Deus (Armandinho e Esdras Bedai, 2004) e outros hits, dando voz a 24 músicas em 23 números.
O repertório inclui música nova, o reggae Desses olhos (2019), parceria de Armandinho com o tecladista da banda do artista, Lucio Dorfman. Há no disco somente uma participação especial, a de Vitor Isensee, parceiro e convidado da música Eu sou do mar (2016).
Armandinho e Vitor Isensee cantam a parceria dos compositores, ‘Eu sou do mar’ — Foto: Edu Defferrari / Divulgação
Com produção musical de Paul Ralphes, o álbum Armandinho acústicoalinha músicas que, mesmo fora da ordem cronológica, contam trajetória iniciada há 18 anos quando, em 2001, uma fita com músicas do artista foi parar nas mãos do diretor de rádio gaúcha e, uma vez posta na programação da emissora, impulsionou o sucesso da canção Folha de bananeira, abrindo caminho para a gravação do primeiro álbum do cantor, Armandinho (2002), disco que vendeu bem no embalo de músicas como Sentimento (2002).
Um segundo álbum, Casinha (2004), ampliou o sucesso de Armandinho, que passou a ser conhecido em todo o território nacional. Mesmo que progressivamente tenha voltado a conduzir a carreira basicamente pelo sul do Brasil, com reflexos na vizinha Argentina, Armandinho vem pavimentando trajetória fonográfica regular com discografia que já contabiliza cinco álbuns de estúdio e três registros de shows, além de singles avulsos como o que apresentou há três anos a já mencionada música Eu sou do mar (2016).
É uma caminhada respeitável para um artista que compôs a primeira música aos 12 anos, Sexo na caranga, e que em 1994 teve passagem fugaz pela já extinta banda gaúcha de rock TNT.
Capa do álbum ‘Armandinho acústico’ — Foto: Edu Defferrari
Eis, na disposição de Armandinho acústico, as 24 músicas que compõem o repertório do oitavo álbum do cantor:
1. A ilha (Armandinho, 2013)
2. Rosa Norte (Armandinho, 2002)
3. Eu sou do mar (Armandinho e Vitor Isensee, 2016)
4. Reggae das tramanda (Armandinho, 2002)
5. Eu juro (Armandinho e Esdras Bedai, 2006)
6. Ursinho de dormir (Armandinho, 2002)
7. Pela cor do teu olho (Armandinho, 2002)
8. Pescador (Armandinho, 2004)
9. Casinha (Armandinho, 2004)
10. Desses olhos (Armandinho e Lucio Dorfman, 2019)
11. Lua cheia (Armandinho, 2006)
12. Onda do arraial (Armandinho e Dora Vergueiro, 2008)
13. Analua (Armandinho, Esdras Bedai, Luiz Kisiolar Ne, Sander Frois e Vini Marques, 2004)
14. Desenho de Deus (Armandinho e Esdras Bedai, 2004)
15. Leve leve (Armandinho, 2013)
16. Sol loiro (Armandinho, 2013)
17. Outra noite que se vai (Armandinho e Charles Master, 2002)
18. Outra vida (Armandinho, 2008)
19. Semente (Armandinho, Esdras Bedai e Régis Leal, 2008)
20. Paz e amor na quebrada (Armandinho e Régis Leal, 2005)
21. O que meu pai falou pra mim (Armandinho, 2013)
22. Starfix (Armandinho, 2004)
23. Casa do sol (Armandinho, 2004) /
Sentimento (Armandinho, 2002)
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