O professor Guilherme Wisnik aborda a questão dos impactos da quarentena imposta pelo coronavírus e a reclusão das pessoas no planeta inteiro, “numa espécie de comunhão de unidade que está acontecendo, de maneira forçada, mas com consequências que não deixam de ser interessantes para se pensar em movimentos de solidariedade em escala global, coisa que não aconteceria se dependesse apenas da boa vontade, da manifestação dos ecologistas”.

Para ilustrar esse momento que considera significativo, evoca a canção “O Dia em que a Terra Parou”, de Raul Seixas. Em certo trecho da canção, Seixas diz que “o professor não vai sair pra dar aula, porque ele não tem mais nada pra ensinar”, como se fosse um momento que põe abaixo todas as certezas e os conhecimentos. “E o que eu acho aqui, agora, é o contrário, o professor é quem tem muito para ensinar, assim como o médico tem para curar.” Neste momento de obscurantismo, a ciência e o conhecimento são os grandes valores a nos ajudar.

*jornal.usp.br/

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