O grupo de heavy metal britânico Iron Maiden, o ator americano Johnny Depp e mais de 150 bandas se apresentam entre esta sexta-feira e este domingo em Clisson, no oeste da França, para o 13º Hellfest, grande evento europeu do metal. Maior festival francês em termos de orçamento – 22 a 23 milhões de euros – e um dos mais caros – 200 euros por três dias – o festival conseguiu, pelo terceiro ano consecutivo, vender todos os 55 mil ingressos disponibilizados antes do anúncio das atrações. Os ingressos da edição de 2018 se esgotaram em outubro do ano passado em menos de trinta horas, comemora o idealizador do Hellfest, Ben Barbaud, que imaginou o festival “no (seu) quarto, com alguns amigos que continuam comigo”. “Mesmo sendo um dos maiores festivais da França, nosso modelo associativo está mais próximo do artesanato do que da macroeconomia”, disse ele à AFP. O sucesso “inimaginável” do festival de Clisson, em meio aos vinhedos da região de Nantes, permite “convencer parceiros bancários e oferecer sempre mais”, explica Ben Barbaud. Com suas gigantescas decorações em aço, esculturas ultrapassando 15 metros de altura, 100 contêineres transformados em bares, o Hellfest adquiriu nas primeiras 12 edições uma reputação que vai além dos fãs do metal. Quase 25% dos fãs vêm do exterior.

“Um novo mundo”

“Durante três dias, conseguimos levá-los a um tipo de novo mundo, onde podem se desligar e passar um bom momento”, ressalta Ben Barbaud, que “assume totalmente o lado Disneyland do metal”. O festival não “tem cenários no fundo, bares à esquerda e batatas fritas à direita como um campo de vacas”, acrescenta o chefe de Hellfest, alfinetando o evento concorrente, criado há três anos, o Download, na região de Paris, “que tem grande dificuldade em completar seu festival”. “Aqui, cada euro ganho é reinvestido para o conforto dos espectadores e eles percebem isso”, diz Ben Barbaud. Depois da fibra óptica e um gasoduto para abastecer os bares de cerveja no ano passado, os organizadores pavimentaram as áreas dos palcos para evitar poeira e instalaram irrigadores automáticos “como em um campo de golfe”.

Quanto à programação, o Hellfest, que se tornou “tendência” para os artistas, tem este ano o astro do cinema Johnny Depp. O ator, que acaba de completar 55 anos, se apresentará nesta sexta-feira com o “Hollywood Vampires”, trio criado em 2015 com Alice Cooper e o guitarrista do Aerosmith Joe Perry. A americana Joan Jett, pioneira do hard rock e do punk rock, também se apresentará no mesmo dia, com seus hits atemporais “I Love Rock’n Roll” e “Bad Reputation”. Outros veteranos, os suecos do Europe e a banda britânica Judas Priest, vão subir ao palco à noite, assim como a banda de rock alternativo A Perfect Circle, que assina seu retorno depois de 14 anos de pausa. Neste sábado será a vez do retorno do grupo norueguês de black metal sinfônico Dimmu Borgir. Anunciado em novembro, o lendário Iron Maiden encerrará a 13ª edição deste domingo. No total, os seis palcos do Hellfest receberão 159 grupos de rock, heavy, death, thrash ou black metal, além de punk e hardcore.

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