O show da cantora Elba Ramalho, um dos mais esperados e tradicionais do São João de Campina Grande, trouxe, além de muito forró, reggae, arrocha e rock para o público do Parque do Povo. Antes de subir ao palco, na noite deste domingo (17), ela ressaltou que “o mundo volta os olhos para a cidade” durante a festa junina. A artista garantiu que mesmo cantando há tantos anos no evento ainda fica nervosa ao se apresentar no palco principal do Parque do Povo.
A surpresa da noite começou quando a artista perguntou ao público: “Cabe um reggae?”. Os fãs responderam que sim e Elba começou a cantar a música “Um anjo do céu”, conhecida através da banda Natiruts.
Embalada pela inovação ela fez uma homenagem ao cantor Pablo, que se apresentou na festa na noite anterior e interpretou a canção “Vingança do amor”.
A cantora afirmou ainda que alguns colegas de profissão como Zeca Pagodinho, Maria Gadú e a banda Skank desejam participar do São João de Campina Grande. Para homenagear outros gêneros musicais, ela encerrou a parte do show reservada para outros ritmos com a música “Sonífera ilha”, do grupo Titãs.
‘Não vinha, mas estou aqui’
No palco, a artista lembrou que ficou preocupada com a possibilidade de não participar da edição 2018 do Maior São João do Mundo. “Não vinha, mas estou aqui”, disse Elba. Ela que há anos canta na véspera do dia de São João, 23 de junho, lamentou por não estar presente na mesma data e disse que vai lutar para que isso aconteça em 2019.
“Confesso que é um pouco estranho, eu gostaria muito de estar na véspera (de São João), como sempre foi. Mas eu acho que o importante é que eu esteja na festa. É importante eu manter viva essa tradição de tantos anos. Eu tô feliz e vamos fazer uma noite bonita”, ressaltou.
A cantora preparou um verdadeiro espetáculo e dividiu o palco com dançarinos de quadrilhas juninas e bailarinos que dançaram xaxado com ela. Durante o show, um fã invadiu o palco e foi abraçado pela cantora. O público logo aplaudiu Elba, que retribuiu o carinho dando ênfase a um trecho de música que diz “agora o que eu faço sem o teu amor?”.
Elba também contou que quando está em Campina Grande tenta levar a mesma rotina de uma campinense. Garantiu que vai à missa e visita amigos, já que sua família não mora mais na cidade. Ela se definiu como “uma pessoa humana, simples e religiosa”.
Sobre a presença de outros gêneros musicais e mudanças na estrutura da festa junina, ela preferiu não se posicionar. “Não vou falar mal de nada, nem de ninguém, não quero brigar com mais ninguém. A estrutura está ótima. A força dessa festa é a tradição que deve ser preservada. Qualquer coisa que se faça aqui dá certo”, declarou.
Entretenimento
Na área gastronômica do Parque do Povo, uma faculdade particular da cidade fez uma ação de marketing direcionada para o público infantil. As crianças ouviram histórias da Literatura de Cordel e depois foram convidadas para produzirem suas próprias obras. Elas desenharam xilogravuras, fizeram pequenos versos e puderam levar o material para casa.
Ainda na parte inferior do Quartel General do forró, as pessoas ficaram curiosas com o trabalho de José Reginaldo Farias, 53. Ele “vende mágica” há 13 anos no local. O mágico exibe um número de ilusionismo e quem gosta do que foi apresentado pode comprar um kit com o material que revela o sucesso e os segredos da apresentação vendida.
g1