A parceria musical já rolava na casa dos irmãos Gabriela, Diogo e Rodrigo Melim, em Niterói (RJ). Mas a formação do grupo Melim foi só em janeiro de 2016, um mês antes de serem convidados para as audições do programa SuperStar.

Em outubro do ano anterior, tiveram uma prova de que o trio poderia dar certo quando Gabriela, que cantava samba, foi se apresentar na Festa da Música de Canela (RS). Lá, convocou os irmãos para tocarem juntos.

“A gente conversou depois da festa, lá no hotel. Ali surgiu a ideia de montar a banda. Acharam a gente no Instagram e nos convidaram para participar das audições”, relembra Diogo. No programa, o trio foi até a semifinal.

“A Gabi veio mais do samba. Eu e Rodrigo, do pop rock, mas começamos a ouvir outras coisas. E a gente já escrevia muito em casa, cantava. Era mais uma coisa de irmãos, não de banda”.

Nas vozes de Ivete, Luan, Jorge e Mateus…

Ainda em 2016, antes de Melim estourar e assumir o primeiro lugar na lista de 50 músicas mais tocadas no Brasil pelo Spotify com “Meu Abrigo”, Ivete Sangalo e Luan Santana gravaram “Zero a Dez”. A música tem os gêmeos Diogo e Rodrigo, de 25 anos, entre os compositores.

Jorge e Mateus e Sorriso Maroto também já gravaram canções da família Melim. “A gente começou por gostar de música e não por entender de mercado. Escrevíamos de coração. Depois que a gente foi entender que poderia fazer para outras pessoas. Aí começamos a mandar músicas. E as pessoas começaram a gravar”, relembra Diogo.

A gravação de “Zero a dez” foi a primeira conexão de Melim com Ivete, que convocou o trio para gravar “Um Sinal”, lançada em agosto com direito a videoclipe.

“Falamos numa entrevista que seria o maior sonho do mundo gravar com a Ivete. Poucos meses depois, ela chamou a gente pra gravar e ela nem tinha visto a entrevista”, relembra Diogo.

“Quando recebemos a ligação da Ivete, a gente não atendeu. Juro por Deus que o telefone não chamou. Aí quando rolou, ela zoou: ‘Nunca fui tão maltratada em toda minha vida’.”

“Ela deu vários conselhos sobre carreira, responsabilidade, fãs”.

Rodrigo, Gabriela e Diogo Melim — Foto: Divulgação/Duh Marinho

Rodrigo, Gabriela e Diogo Melim — Foto: Divulgação/Duh Marinho

Mas Ivete não é a primeira grande parceria na história musical deles. Ao menos para Gabriela, que em sua carreira solo, chegou a gravar com João Donato e Marcelo D2.

“Nossa. Eu lembro que estava com 16 anos e gravei com João. Foi surreal. Sempre gostei muito de bossa nova, de samba. Fiquei surpresa. O D2 também, sempre curti”.

‘Good vibe’ entre funk e sertanejo

Com a levada “good vibe”, o Melim é mais um nome do pop chegando nas paradas dominadas por funk e sertanejo, assim como o cantor Vitor Kley com sua “O Sol”.

“As rádios geralmente são segmentadas. Sertanejo já é realidade e o pop está voltando agora. Uma pessoa que gosta de sertanejo não deixa de ouvir por gostar de outro estilo de música. Passa a ouvir os dois. Tem espaço para todo segmento”, defende Diogo.

“Está muito bom o retorno do pop. Muita gente ficava ouvindo só coisas gringas, não tinha muita referência [nacional]. A galera nova está conseguindo trazer mais opções”, completa Rodrigo.

“Temos amizades com artistas de outros gêneros, artistas sertanejos que falam que gostam de nosso som. É uma troca. Uma música vai somando na outra”, resume Gabi.

*G1

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